sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aventura de alunos do Chapitô no Creoula termina hoje com espectáculo na doca de Alcântara


«A aventura dos alunos do Chapitô que desde segunda feira estão embarcados no navio escola Creoula, a juntar aos treinos do circo as rotinas do mar, termina hoje com um espetáculo na doca do cais de Alcântara, em Lisboa.

À beira rio, em entrevista à agência Lusa, a presidente e mentora do projeto Chapitô, Teresa Ricou, garantiu que a tarde vai ser de circo e de festa para mostrar ao público, aos amigos e às famílias o que têm aprendido os alunos durante os últimos anos.

Entre a margem Norte do Tejo e os mastros do Creoula, o público vai poder ver a partir das 18:30 "um patchwork de tudo aquilo que foi feito nestes últimos anos pelos alunos da escola de artes": "Um verdadeiro espetáculo", garante Teresa Ricou. Desde segunda feira que os novos tripulantes do Creoula têm participado em todas as tarefas do navio, da cozinha às limpezas, da vigia à navegação. O balanço, dizem, é positivo. Esta é uma experiência que não vão esquecer.

Ivo Martins, 19 anos, aluno do 3.º ano, veio para o Chapitô "cumprir um sonho", porque sempre gostou "de saltos e macacadas", e porque fazia teatro desde pequeno: "[A experiência no Creoula] foi engraçada, eu nunca tinha andado de barco durante tanto tempo, dormir num barco. Adorei, foi brutal", contou. O jovem artista fez "vigilância, para ver se vinha algum barco ou assim", esteve na cozinha, "a fazer pãezinhos com chouriço" e acha que "correu tudo bem" porque se "safou" de ir para a copa lavar loiça.

Cátia Faleiro, 18 anos, aluna do 3.º ano, veio para o Chapitô seguir um "interesse de sempre" pelo mundo das artes. A experiência no navio tem sido "fantástica", salvo alguns enjoos em alto mar: "Tem sido uma experiência marcante, aprendemos imensa coisa, a trabalhar em grupo, a desenrascarmo-nos sozinhos, como é a vida no mar, como é conhecer pessoas novas", disse.

O espetáculo, que assinala o início do ano letivo no Chapitô, vai ser, à boa moda do Chapitô, "bom e animado, muito animado", diz Ivo. "Divertido e de encher a barriga. Uma experiência marcante, também", acrescenta Cátia.

Da perspetiva da coordenadora, que, diz, "corria atrás do Creoula há mais de 30 anos", esta experiência foi "uma simbiose muito interessante e uma embaixada cultural": "A bordo tivemos a oportunidade de experimentar não só o risco e as alturas, como no circo, mas também navegar, pensar e sentir a solidão do mar", acrescentou.

Para o comandante do navio, Nuno Cornélio, a iniciativa foi uma oportunidade de continuar o trabalho que o Creoula tem feito até aqui para aproximar os mais novos do mar e "a experiência correu muito bem".

Depois do espetáculo, a tripulação de cerca de 50 alunos que agora se encontra a bordo do navio troca com a outra metade dos estudantes que até aqui estavam na escola, e que vão ficar no mar até domingo.

O Chapitô, Colectividade Cultural e Recreativa de Santa Catarina, é uma Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento, e tem estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social».
 
JYF
 
Fonte: [Agência LUSA]. * Fotografia de Raquel Sabino Pereira.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

«Ílhavo na rota dos grandes veleiros»

"A Regata dos Grandes Veleiros trará a Ílhavo alguns dos maiores veleiros do mundo. O Porto de Aveiro assegura que o normal funcionamento não será afectado."

«No terceiro fim-de-semana deste mês, Ílhavo será palco do maior evento náutico alguma vez acontecido na região, ao participar na Regata Comemorativa dos 500 anos do Funchal, que coloca o concelho como a “paragem do meio”, constituindo um eixo de ligação entre a cidade madeirense e Falmouth, na costa sudoeste de Inglaterra. A Regata, onde vão participar alguns dos maiores veleiros do mundo, provenientes de 13 países, vai usar a mesma rota comercial que as embarcações tradicionais do passado usavam para cruzar o Atlântico Norte. De acordo com Ribau Esteves, presidente da Câmara de Ílhavo, esta participação contribui “de forma decisiva” para a promoção e afirmação do município como destino privilegiado para os amantes do mar. Em termos estratégicos, e porque no município “o mar é tradição”, a passagem da Regata é uma forte aposta cultural e económica que se baseia na sua condição geográfica. Ao mesmo tempo, é um passo rumo à “internacionalização”, garante. A vontade de fazer passar a Regata por estas paragens era grande e Ribau Esteves revela que, das primeiras abordagens à organização da Regata, a Sail Training International, até aos dias de hoje, “foram cerca de quatro anos de trabalho” e que conseguiu fazê-la coincidir com a festa da Nossa Senhora dos Navegantes e com a comemoração dos 200 anos da abertura do Porto de Aveiro e os 110 anos da restauração do município de Ílhavo. Com um orçamento de 350 mil euros, o evento tem receita garantida de 150 mil. A Administração do Porto de Aveiro é o parceiro oficial e institucional da autarquia ilhavense deste evento, cujo terminal norte funcionará como ponto de estacionamento.
Movimento portuário não será afectado
José Luís Cacho, presidente da Administração do Porto de Aveiro, acredita que o espaço tem todas as condições para receber um evento de tais dimensões e que não perturbará o normal funcionamento. “Estão a ser tomadas todas as medidas para que tudo corra normalmente”, assegura o responsável pela instituição portuária. A este propósito, Ribau Esteves refere que o porto poderia ainda receber mais navios de grande porte, caso fosse necessário, já que estão reunidas “as condições técnicas”. Com a náutica de recreio em expansão, o autarca aproveitou a conferência de apresentação da Regata para anunciar a criação de um Fórum Náutico do Município, constituído por 17 entidades ligadas à água. Na Regata, circularão perto de duas mil pessoas e participam 20 embarcações, sendo que 11 pertencem à classe A. Os navios estarão abertos ao público e o novo Jardim Oudinot terá animação. O programa diário inclui ainda baptismos de mergulho, parede de escalada, insufláveis para crianças, parque de diversões e mostra de artesanato.»
Cláudia Carneiro, in [Diário de Aveiro]

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Regata Internacional “Tall Ships” com chegada no início de Outubro ao Funchal

Grandes veleiros em prova
«Ao final da manhã de amanhã (sábado, dia 13) partirão de Falmouth, a Sul do Reino Unido, os grandes veleiros que participarão na Regata “Tall Ships — Funchal 500 Anos”, marcada para início de Outubro. Os navios dirigem-se, depois, para Ílhavo, em Aveiro, onde cumprem a 1.ª parte da ligação, com chegada prevista para dia 20. Depois de três dias em território nacional, as embarcações empreendem a 2.ª e derradeira parte da viagem, rumo ao Funchal, onde devem atracar por volta do dia 2 de Outubro.

Inserida nas comemorações dos 500 Anos da Cidade do Funchal, a Regata Internacional dos Grandes Veleiros do Mundo, assim como o Festival do Mar, eventos agendados para o início de Outubro, entrou em contagem decrescente. De 2 a 5 do próximo mês, a presença destes autênticos “embaixadores das Nações Marítimas” na Madeira promete suscitir grande interesse, num programa que teriminará com uma parada naval, na baía do Funchal, no dia 5.
Confirmadas estão já as presenças dos seguintes navios de “classe A”: Creoula (Portugal), Alexander Von Humbdolt (Alemanha), Astrid (Holanda), Capitan Miranda (Uruguai), Cuautemoc (México), Kaliakra (Bulgária), Mir (Rússia), Pogoria (Polónia), Sedov (Rússia), Pelican (Reino Unido) e Shabab Oman (Omã). No porto do Funchal irão, ainda, atracar um veleior de classe B, quatro da classe C e três da classe D.
Feitas as contas, no início de Outubro, no belo anfiteatro da capital madeirense estarão mais de 1.200 tripulantes, sendo que partirão da Região 25 “trainees” rumo a Falmouth e 31 rumo a Ílhavo, estando os mesmos já divididos pelos grandes veleiros presentes na Regata Internacional. O evento será um dos pontos altos das celebrações do 5.º centenário da Cidade do Funchal e relevará a importância da mais antiga cidade do Novo Mundo enquanto urbe virada para o mar e com grandes tradições marítimas. De Falmouth a Ílhavo são cerca de 630 milhas náuticas su-sudoeste, e depois até ao Funchal, igual distância (630 milhas náuticas) sudoeste em mar alto, em duas etapas que pontuam para a classificação final...»

Vasco Sousa, in [Jornal da Madeira]

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

«Regata junta 21 veleiros de 13 países»

«É a aposta num evento que durante quatro dias vai dinamizar e colocar Ílhavo no centro das atenções. A Câmara investiu cerca de 350 mil euros na Regata dos Grandes Veleiros, que marca presença no município, entre os dias 20 e 23 deste mês. São 21 navios, de 13 países, que vão estar ancorados no Terminal Norte do Porto de Aveiro, entre eles o navio russo Sedov, o maior da sua classe (o Creoula é o único veleiro português).
Mas esta aposta na regata, que conta com 150 mil euros de receitas directas já obtidas, é também a pensar no desenvolvimento da região. Ribau Esteves, presidente da Câmara de Ílhavo, acredita que o futuro passa, entre outras coisas, pela aposta na náutica de recreio. "Estamos convictos de que o futuro da região passa por aí. Uma área que vai ter um papel muito importante na nova Região de Turismo do Centro. E aqui, a delegação de Aveiro terá um papel liderante no desenvolvimento deste produto turístico", acrescentou.
Nesse sentido, está a ser criado o Fórum Náutico de Ílhavo, uma plataforma institucional que engloba 15 entidades. O objectivo é debater e tentar encontrar soluções de futuro que possam ajudar a dinamizar a náutica na região.
Ainda no âmbito da regata, que tem como parceiro o Porto de Aveiro, está a ser criada "uma 'cidade' entre o Jardim Oudinot e o Terminal Norte para garantir condições às 2000 pessoas que chegam nos navios e a quem os visita", garante Paulo Costa, vereador. A Câmara irá disponibilizar centros de apoios às tripulações, chuveiros, um posto dos CTT, entre outras necessidades.»
Por Paula Rocha, in [Jornal de Notícias].

terça-feira, 29 de julho de 2008

«Jovens estudantes tornam-se marinheiros por seis dias»


(CREOULA no Tejo, a caminho do Alfeite, em 26 de Julho de 2008, no regresso da viagem de treino de mar a que se refere a presente notícia - Fotografia de Luís Miguel Correia)

«Universidade. Iniciativa põe ibéricos a pensar o mar, a bordo de um navio», por ANA BELA FERREIRA

«Depois de seis dias preenchidos pela "rotina das sensações" e em que "muitos mundos se cruzaram num espaço de apenas 67 metros", chegou ontem à Base Naval do Alfeite, em Almada, o navio Creoula, trazendo a bordo os instruendos e instrutores do último curso da Universidade Itinerante do Mar 2008 (UIM). A experiência é descrita pelo director do último de três cursos da UIM a bordo, Fermín Rodriguez, que considera ter assistido a "uma verdadeira irmandade entre portugueses e espanhóis".

A missão começou a 30 de Junho e terminou ontem, mas repartiu-se por três equipas diferentes com 40 alunos cada. Os jovens portugueses e espanhóis, maioritariamente universitários, percorreram a costa atlântica portuguesa, espanhola e francesa. A terceira edição da UIM teve por tema "Energia, Ambiente e Mar". O Creoula partiu do Porto rumo a Avilés, no norte de Espanha, onde fez escala e partiu novamente em direcção a Rouen (França). Aqui, os jovens marinheiros puderam participar numa concentração de veleiros, que só acontece a cada cinco anos, e sentir o apoio dos emigrantes portugueses. "Fizemos a troca de alunos em Rouen e foi emocionante ver como os miúdos se tinham apegado uns aos outros e como choravam na despedida", recorda o comandante do navio Creoula, João Silva Ramos. Depois desta mudança, os jovens participantes partiram rumo a Ferrol (Espanha). Daqui seguiu um novo grupo em direcção a Viana do Castelo e depois a Lisboa (à base do Alfeite). Mas a viagem nem sempre foi um agradável passeio. Além dos jovens terem a responsabilidade de ajudar nas tarefas de rotina do navio, houve ainda momentos menos calmos durante a navegação. A travessia do Canal da Mancha ficou marcada por alguma turbulência. Durante 24 horas os jovens não tiveram acesso ao exterior do navio e as tarefas por eles desempenhadas foram suspensas. "Mas ninguém se assustou", garante o comandante, orgulhoso da sua tripulação.»

Fonte: [Diário de Notícias], edição de 27 de Julho de 2008.


Fotografia de Luís Miguel Correia. Direitos reservados (copyright)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

«La bandera de Asturias ondea entre veleros de leyenda»

«La Universidad Itinerante de la Mar (UIM) participó, a bordo del «Creoula», en la mayor concentración de grandes veleros de todo el mundo, en Rouen (Francia)

Cientos de personas, posiblemente más de un millar, acudieron al puerto francés de Rouen, el pasado día 11, por la tarde, para dar la bienvenida a los estudiantes españoles y portugueses que llegaban a bordo del buque escuela «Creoula», de la Marina lusitana, muchos de ellos, asturianos. El emblemático velero acudía a la cita obligada que cada cinco años se celebra en este puerto, que está situado a 120 kilómetros de la desembocadura del río Sena. Y es que «la Gran Parada», «la Gran Armada de la Paz» o «la Armada del Siglo», que son los nombres con los que se conoce esta concentración náutica, reúne a los mayores veleros de leyenda de todo el mundo en apenas una semana. Para los amantes de «las catedrales de lona», como también se conoce a estos grandes buques, no hay un espectáculo igual en todo el mundo. Además, en esta gran parada ondearon, por primera vez, banderas asturianas, desde un velero participante, que estuvieron agitadas al viento por los estudiantes de Oviedo, Gijón y Avilés. Los veleros que participan en esta concentración -medio centenar-, que hasta ayer conmemoró la toma de la Bastilla, fueron contemplados por casi cinco millones de personas de diferentes países de Europa que no quisieron perderse este espectáculo. El «Creoula», de líneas airosas y aparejado de goleta, fue el último velero en acudir a los Grandes Bancos (Terranova) a pescar bacalao, en el año 1970. Ahora es toda una leyenda sobre las olas. Su historia, igual que su estampa, no pasó inadvertida para los miles de visitantes que se acercaron a Rouen. Para muchos de ellos era, sin lugar a dudas, el barco más bonito de todos ellos. El «Creoula» atracaba con alumnos de la Universidad Itinerante de la Mar (UIM), después de la travesía más dura que tuvo este velero de cuatro mástiles desde que navega para este proyecto, que está participado por las universidades de Oviedo y de Oporto y que está operado por el CeCodet, según aseguró su comandante, João Silva. Pero pocas personas de las que estaban saludando en el muelle eran conscientes, primero, de las esperanzas que habían puesto los jóvenes navegantes en esta aventura; después, de los muchos sufrimientos que había superado, y, finalmente, de las grandes adversidades que supieron superar con un optimismo a prueba de los mayores temporales. ¿Los mareos? Muchos y, en algún caso, difíciles de soportar. Pero todos fueron olvidados cuando el «Creoula» entró en el canal de la Mancha. El temporal amainó, el buque dio popa al viento y la vida a bordo del viejo velero recobró su normalidad. ¿Una locura? En absoluto. ¿Por qué? Porque, a estas alturas, ya nadie puede cuestionar que cuanto más loca es la aventura, más cuerdo es el aventurero. La del «Creoula» no fue una excepción, y así lo certificaron sus intrépidos y sufridores navegantes. Los jóvenes estudiantes que navegaron en medio de un golfo de Vizcaya que los saludó con olas de 7 y 8 metros de altura y con vientos de casi 80 kilómetros por hora y escoras que superaron, en ocasiones, los 40 grados lo pueden certificar. En el comedor, los platos salían volando de las mesas para estrellarse contra las de al lado; algo tan sencillo como ducharse requería de un gran esfuerzo de piernas y brazos para compensar los intensos balances, y no digamos nada para los que les tocaba guardia en el timón. Para estos últimos, la rosa de los vientos giraba sin cesar y mantener el rumbo se les presentaba como una empresa imposible. Pero con todo pudieron los jóvenes tripulantes, y ése debe de ser su gran orgullo. Tomaron como propios los eternos valores de la navegación a vela: sacrificio, trabajo, compañerismo y audacia, y todos ellos les permitieron llegar a buen puerto. Para el entusiasta jefe de la expedición, el concejal de Cultura del Ayuntamiento de Avilés, Román Álvarez, esta experiencia permitió a los jóvenes navegantes «salir crecidos en el sentido de ser más responsables y desarrollados como personas, y valorando mucho la importancia que tiene el trabajo en equipo en condiciones adversas». La más joven de la tripulación, con sólo 15 años, fue la valenciana Laura Martínez, que calificó la dura experiencia como «la mejor del mundo». Quiere estudiar Ciencias del Mar y asegura que desea seguir navegando con la UIM en el «Creoula». Igual que a la avilesina Cristina Rodríguez, de 16 años, que sostiene que la experiencia de convivir en medio de un gran temporal con sus compañeros les aportó a todos grandes satisfacciones, por el compañerismo que afloró durante los momentos más difíciles. La enfermera tinetense Ana Fernández Feito, que realiza su doctorado en avances en medicina y que por primera vez se hacía a la mar, aunque calificaba esta experiencia de «más dura de lo que pensaba», no dudaba en asegurar que estaba dispuesta a repetirla. ¿Lo que más le llamó la atención? «Además de la navegación, la capacidad que demostramos todos de relacionarnos entre personas de diferentes países y de formaciones académicas muy dispares». Uno de los más sorprendidos por la respuesta de los jóvenes tripulantes fue precisamente el que tiene más experiencia, casi 40 años a sus espaldas, Agustín Saralegui, que quedó maravillado por «lo bien que respondieron los más jóvenes, y que, además, nunca habían salido a navegar, porque seis días con mala mar son muchos». En términos similares se manifestó Gonzalo Falcón, con una experiencia de nueve meses a bordo del buque escuela español «Juan Sebastián Elcano», que destacó «el modelo de convivencia» entre los jóvenes y la tripulación. A Jesús Eloy Alonso, de Piedras Blancas (Castrillón), le sorprendió la capacidad de adaptación de todos los jóvenes a condiciones tan adversas. «Pero si la cara dura de la navegación fue ésta, la amable tiene que ser maravillosa», sentenció el estudiante de Forestales. Para el catedrático de Genética de la Universidad de Oviedo, Miguel Ángel Comendador, que navegó como profesor de mar, gracias a la relación que tuvieron los jóvenes españoles y portugueses, se mantuvo en todo momento la disciplina del barco. Y Tomás Cortizo, catedrático de Geografía, considera que ésta fue una ocasión para poner en práctica una virtud que es la generosidad «y, en muchas ocasiones, la han practicado». Objetivo cumplido.»

Fonte: [La Nueva España], 15 de Julho de 2008

«El buque escuela «Creoula» arriba a Avilés»

«A lo largo del mes de julio el velero luso hará escala en los puertos de Rouan, El Ferrol y Lisboa y será un aula abierta al mar
La dársena de San Agustín del puerto de Avilés recibió ayer a las once y media de la mañana al buque escuela «Creoula» de la Marina portuguesa, procedente de Lisboa. Este velero, construido en 1937, acogerá durante todo el mes de julio las actividades de la Universidad de la Mar, que este año girarán en torno a la energía, el medioambiente y la mar. En su segunda visita a la villa aviselina, los miembros de la tripulación portuguesa, así como los participantes en los cursos tuvieron la oportunidad de disfrutar de una tarde repleta de actos, siempre con el trasfondo de la mar y su capacidad para unir a los pueblos. Este año, los cursos se dividirán en tres etapas marítimas. La primera de ellas, con inicio el próximo jueves, día 3 de julio, zarpará con destino a Rouan (Francia) donde tomará partida en la gran parada naval que allí se celebra. A las tres de tarde, los participantes en los cursos y sus instructores se congregaron en la dársena, situada en la margen derecha de la ría, para ser recibidos por la tripulación del «Creoula». Poco a poco fueron embarcando en el velero portugués para conocer cuáles serán sus camarotes a lo largo del curso. Este verano, la tripulación está integrada por ciudadanos españoles y portugueses procedentes de diversos ámbitos profesionales. A continuación, la comitiva se desplazó, a las seis de la tarde, hasta el Consistorio avilesino, donde fue calurosamente recibida por la alcaldesa Pilar Varela. La regidora pronunció un discurso donde el mar y los postgrados impartidos en Avilés fueron protagonistas absolutos. «Desde el año 2000, el Ayuntamiento está impulsando una red entre ciudades del arco atlántico. Avilés no sería nada sin su ría. Por fin, en Avilés se están desarrollando importantes proyectos de formación e investigación. La Universidad de Oviedo ya tiene su casa en Avilés. Los principales proyectos son los postgrados. La Universidad de la Mar forma parte de estos proyectos. Esta iniciativa no sería posible sin la inestimable colaboración de la Marina portuguesa que participa con su buque escuela "Creoula"», afirmó.
Isabel Sousa Pi, encargada de la Universidad Itinerante de la Mar, agradeció la agradable bienvenida recibida y cedió la palabra a José Antonio Cecchini Estrada, vicerrector de extensión universitaria, que destacó la actividad docente de la Universidad de la Mar, iniciativa de las universidades de Oviedo y de Oporto. El almirante Pereira de la Marina portuguesa fue el encargado de poner fin a los discursos resaltando el carácter de amistad y camaradería que acompaña a los cursos de la Universidad de la Mar. Quizá el momento más emotivo de la jornada fue la ofrenda realizada ante la estatua de Pedro Menéndez de Avilés, «El Adelantado de La Florida», hijo ilustre de esta villa que vive de cara al mar, navegante por excelencia y conquistador de La Florida. La Banda de Música local y una banda de gaitas acompañaron el homenaje interpretando los himnos de Portugal, de España y el de la Alegría, símbolo de la unidad europea. Durante el acto se recogieron las dos banderas azules con las que ha sido galardonado este proyecto universitario. De nuevo en el puerto, los asistentes fueron partícipes del izado en el «Creoula» de una de las banderas azules y asistieron a un acto literario en el que se presentó el libro «Las Campañas de la UIM. Conocimiento y aventura». Como colofón a la jornada, a las nueve de la tarde tuvo lugar una recepción en el velero.»

Fonte: [La Nueva España], em 1 de Julho de 2008

quarta-feira, 23 de julho de 2008

«Universidade Itinerante do Mar faz escala em Viana do Castelo»

(Fotografia retirada do blogue [Caminho Azul])


«Esta terça-feira, 22 de Julho, pelas 18h00, faz escala no porto de Viana do Castelo o navio de treino de mar Creoula que acolhe este ano a Universidade Itinerante do Mar, uma plataforma de cooperação europeia dirigida a estudantes universitários e pré-universitários. O programa, que conta com o apoio da UA, tem como tema a “Energia, Ambiente & Mar” e integra momentos de formação em terra e a bordo do navio. O Creoula desembarca em Lisboa (Portugal), a 26 de Julho.


A UIM, cuja primeira edição decorreu em 2006, tem como objectivo aproximar do mar estudantes de várias origens, levando-os a descobrir o valor do trabalho em equipa e a partilha de dificuldades e de projectos, enquanto participam em todas as tarefas da navegação a bordo e visitam diferentes portos. O programa tem como tema específico de formação “Energia, Ambiente & Mar”, com ênfase na implicação das questões da energia no desenvolvimento sustentado e no mar como fonte de energia e rota de transporte. Contribuir para uma maior divulgação de actividades de investigação e ensino relacionadas com o mar é uma das principais motivações que impulsionaram a UA a apoiar esta iniciativa, que se enquadra perfeitamente no seu contexto formativo, educativo e investigativo.

A ligação da UA a este projecto acontece, por isso, com naturalidade, paralelamente à sua oferta alargada de formação na área do mar e à sua actividade de investigação nos vários domínios científicos que se dedicam ao estudo deste meio. A UA oferece uma formação bastante alargada na área do mar, com duas licenciaturas em Ciências do Mar e Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, três mestrados em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras, Meteorologia e Oceanografia Física e Biologia Marinha e dois programas doutorais em Ciências do Mar e do Ambiente (conjuntamente com a Universidade do Porto) e em Física - especialização em Oceanografia (conjuntamente com a Universidade do Porto e Universidade do Minho). Efectua, também, investigação relevante nesta área, através do Laboratório Associado Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), que tem por missão fundamental desenvolver investigação na área do Ambiente Costeiro e Marinho, entendido de uma forma integrada envolvendo a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera e a litosfera.

Para além da UA, a edição deste ano conta com a organização das Universidades de Porto e de Oviedo, abrangendo 126 estudantes, portugueses e espanhóis. A UIM 2008 estrutura-se em três cursos, o primeiro de 30 de Junho a 11 de Julho, o segundo de 11 a 20 de Julho e o terceiro de 20 a 26 de Julho, integrando cada um deles as componentes de formação em terra (Academia), no mar e de trabalho final e diário de bordo.

A componente de Academia é a primeira componente de realização do Projecto e abrange seminários para apresentação das principais temáticas que organizam o tema central objecto da formação, sessões de preparação para os trabalhos de grupo, com vista à integração e à organização do grupo de alunos e ao lançamento dos Projectos de Mar, sessões de preparação para a navegação e vida a bordo.

A formação no mar decorrerá a bordo do navio de treino de Mar Creoula, operado pela Armada Portuguesa, que se encarregará de assegurar as condições de navegação e de segurança a bordo. Durante esta fase os alunos serão organizados em grupos e cumprirão todas as actividades necessárias à vida a bordo como vigia, navegação, limpeza, cozinha, etc. de acordo com o regime de quartos, as quais serão complementadas com outras actividades de carácter formativo, a organizar em conformidade com as condições de navegação, e com o registo do diário de bordo. O diário de bordo será elaborado segundo a tradição da marinha a que se acrescentará uma dimensão de crónica pessoal para registo das principais aquisições da formação e das vivências e impressões relativas ao curso. O programa completo da UIM 2008 pode ser consultado [AQUI].»

Fonte: [CiênciaPT]

segunda-feira, 7 de julho de 2008

«França: Navio português «Creoula» vai atracar em Rouen»

«Entre 9 e 14 deste mês, o navio português «Creoula», vai estar atracado no porto de Rouen, em França, para participar na Parada Naval, juntamente com centenas de navios de vários países. De acordo com informações da Marinha Portuguesa, o navio estará “aberto a visitas em período a definir”.


Comandado pelo Capitão-de-fragata João Silva Ramos, o «Creoula» é um Lugre Bacalhoeiro de quatro mastros. Construído no início de 1937 nos estaleiros da CUF em Lisboa, foi lançado à água a 10 de Maio do mesmo ano. Até 1973 efectuou 37 campanhas enquanto bacalhoeiro nos bancos da Terra Nova. Em 1980 foi transformado em Navio de Treino de Mar, função que desempenha a fim de sensibilizar os mais jovens para a importância do mar. Por ano, entre Abril e Setembro, embarcam no navio cerca de 1000 civis, alunos que vivem a experiência de participar no dia-a-dia de um grande veleiro, bem como a sua condução em alto mar.



O “Creoula” é operado pela Marinha Portuguesa, sob a tutela do Ministério da Defesa Nacional. Embarca 52 alunos e tem uma guarnição de 6 oficiais, 6 sargentos e 28 praças.»

Fonte: [Mundo Português], 2008-07-01. Imagens adaptadas a partir do site oficial da [ARMADA 2008].

sexta-feira, 4 de julho de 2008

«CAPITÃO FRANCISCO CORREIA MARQUES (1930 - 2006)»


«Faleceu no passado dia 2 de Novembro o capitão da Marinha Mercante Francisco Correia Marques, o último comandante do lugre Creoula em campanhas de pesca do bacalhau. Natural de Ílhavo, onde nasceu em 1930, termina em 1949 o seu curso de pilotagem e, em 1953 é já comandante do lugre Adélia Maria, tornando-se no mais jovem capitão da frota do bacalhau. Depois de mais de 28 anos de mar, fez a sua última viagem em 1989. Regressado à sua terra natal começa a trabalhar no Grupo de Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo, recolhendo e catalogando um vasto espólio, de que resultaria a exposição Faina Maior. Em 1996 escreve, em parceria com [Ana Maria Lopes], o livro “Faina Maior, a Pesca do Bacalhau nos Bancos da Terra Nova”. Em 1998 embarca de novo no Creoula, agora como Director de Treino dos jovens portugueses e canadianos durante o projecto “De Novo na Terra Nova” organizado pelos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo.

De 1999 a 2002 é Director do Museu Marítimo de Ílhavo onde dirigiu os trabalhos de transferência do Museu para as suas actuais instalações e da adequação do seu discurso museológico. Ali projectou e executou a réplica de um iate bacalhoeiro, em tamanho natural, que é hoje o principal ícone da exposição permanente daquele museu, numa sala que ostenta hoje o seu nome.

Sempre ligado às coisas do mar eram frequentes as suas visitas à Capitania do Porto de Aveiro e ao Arquivo Central da Marinha em busca de elementos para as suas pesquisas. Participa também, em 2001, no I congresso Internacional da História da Pesca do Bacalhau e escreve «Creoula – A Pesca do Bacalhau no Crepúsculo da Navegação à Vela». Em 2002 é entronizado como confrade da Confraria Gastronómica do Bacalhau e, deixada a direcção do Museu, volta aos corpos sociais do Grupo de Amigos do Museu. Desenvolve então intensa actividade de investigação e divulgação sobre tudo o que respeita à pesca do bacalhau, participando em vários encontros, entrevistas, colóquios e conferências em instituições científicas ou estabelecimentos de ensino; na Escola Naval proferiu também uma brilhante palestra sobre este tema.

Conheci o capitão Francisco Marques em 1996 quando ele gingava dentro de um pequeno dóri com a mesma facilidade com que o comum dos mortais anda a pé... Ainda guardo na memória aquela imagem! Deste primeiro contacto ficou a minha grande admiração por aquele homem que fez o favor de ficar meu amigo. Depois deste encontro inicial, muitos outros houve em que a minha curiosidade sobre a vida do mar dos pescadores do bacalhau o fez perder muitas horas a contar-me histórias da sua longa experiência; com ele aprendi muito do que sei sobre a epopeia da pesca do bacalhau

Por CMG J. A. Rodrigues Pereira, in «[REVISTA DA ARMADA]», edição de Janeiro de 2007

terça-feira, 1 de julho de 2008

«A Pátria honrae, que a Pátria vos contempla»


«No dia de ontem, feriado do Corpo de Deus, foram vários os madeirenses e turistas que se deslocaram ao Porto do Funchal para verem de perto as diversas unidades navais que integram a Marinha Portuguesa. O Submarino “Barracuda” tem sido uma das principais atracções, sendo já muitos os curiosos que subiram a bordo para apreciarem ‘in loco’ esta embarcação. No âmbito do Dia da Marinha, que se comemora este ano na cidade do Funchal, estão atracadas no Porto funchalense diversas unidades navais, designadamente: o Navio Escola “Sagres”, o Navio de Treino de Mar “Creoula”, o Submarino “Barracuda”, o Navio Patrulha “Cuanza”, o Navio Científico/Oceanográfico “D. Carlos I”, a Lancha de Desembarque “Bacamarte”, a Fragata “Corte Real” e as Corvetas “João Roby” e “Afonso Cerqueira”.A Marinha proporciona ao público uma visita às referidas embarcações, disponibilizando explicações e panfletos com a história e as características de cada unidade naval. Assim, todos os interessados poderão subir a bordo e conhecer ‘in loco’ as diversas embarcações que integram a Marinha Portuguesa.

O Submarino “Barracuda” tem sido uma das principais atracções, sendo muitos os curiosos que o querem visitar. “A visita está a correr com grande entusiasmo da parte do público. Quarta-feira tivemos cerca de 300 visitas. Hoje (ontem) como é feriado a afluência tem sido muito boa”, frisou o 2.º Tenente Pinto. Aquele responsável acrescentou, ainda, que “o submarino é uma das grandes atracções porque é um meio diferente de todos os outros. E aí é que faz a grande curiosidade das pessoas em verem como é que nós vivemos a bordo do submarino”. Paulo tinha acabado de deixar o “Barracuda” quando lhe inquirimos o que ele tinha achado desta visita. “Foi fantástica... nunca tinha tido a oportunidade de ver de perto uma unidade destas, só via submarinos em filmes. Valeu mesmo a pena”, respondeu com um ar satisfeito.

Paralelamente, o Navio Escola “Sagres”, construído em 1937, tem sido outra das embarcações que tem suscitado a atenção do público. Registe-se que só na parte da manhã de ontem, entre as 10h00 e as 12h00, este navio foi visitado por cerca de 725 pessoas. “O público aproveitou o dia de hoje para visitar as diversas embarcações. No caso particular do Navio Escola Sagres, que tem mais de 70 anos e ainda está num estado impecável, as pessoas poderão apreciar todos os pormenores de um navio clássico de vela, nomeadamente os mastros, os amarelos, a zona da ponte, o leme. Enfim, este veleiro tem uma série de atractivos e de história”, salientou o 2º Tenente Ricardo Sá Granja.

Por sua vez, o oficial do Navio de Treino de Mar “Creoula”, Tenente Silva Precioso, referiu que este tipo de eventos aproxima a Marinha da comunidade. “Sentimos que, por vezes, poderá haver algum desconhecimento sobre o que é a missão da Marinha e das Forças Armadas. Portanto, esta é uma das maneiras que nós temos de nos aproximar da comunidade”.

Se ainda não visitou as nove unidades navais atracadas no Porto do Funchal poderá fazê-lo no dia de hoje, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00, ou amanhã, das 15h00 às 18h00 (excepto Navio Escola “Sagres”)
».

Fonte: [Diário da Cidade], edição de 23 de Maio de 2008.

«Participantes na Regata dos 500 anos do Funchal já são conhecidos»

«Cem instruendos participam na regata de 26 dias, que parte dos Estados Unidos e passa por Ílhavo, em direcção à Madeira.

Os 100 “trainees” (instruendos) seleccionados para participar na regata comemorativa dos 500 anos do Funchal já são conhecidos, numa lista disponibilizada no site da autarquia ilhavense. A regata decorrerá entre 10 de Setembro e 5 de Outubro (26 dias, divididos em duas etapas), procedendo à ligação entre Falmouth (Estados Unidos), Ílhavo e Funchal.
Ribau Esteves, presidente da Câmara de Ílhavo, garante que serão proporcionadas “condições extremamente vantajosas a um total de cem instruendos a bordo das diversas embarcações participantes, oriundos de vários municípios, além do nosso”. Cada um pagará um terço do valor total da viagem, tal como acontecia com a “Experiência Mar Creoula”, o que constitui uma “oportunidade extraordinária”, diz o autarca. No embarque no navio de treino de mar Creoula, apenas participarão os residentes no município de Ílhavo há mais de um ano, tal como nas anteriores edições. A diferença é que, este ano, a iniciativa se insere na regata dos 500 anos do Funchal.
Quatro dias de festa na Gafanha da Nazaré
A regata servirá para comemorar os 200 anos da abertura da Barra de Aveiro, a juntar aos festejos de Nossa Senhora dos Navegantes, ao 60.º aniversário do navio Santo André e aos 110 anos do município ilhavense. A ideia criar um “conjunto de acções de natureza cultural, na envolvência dos cais onde os navios se encontrarão atracados, proporcionando uma ambiência diferente da habitual”, aponta. “Será criada uma feira à volta dos navios, na área do Jardim Oudinot e do Terminal Norte do Porto de Aveiro, com vários espaços de animação, ‘comes e bebes’, música, e folclore, sem querer, obviamente, retirar o protagonismo dos grandes veleiros, que são as figuras principais do evento”, adianta Ribau Esteves.

Esta acção constitui uma aposta importante na promoção do concelho e da região. “A participação do município num evento desta envergadura constitui um imenso atractivo para o nosso turismo, tendo em conta que é a primeira vez que tem lugar nesta região e que receberá gente de dezenas de partes”, sublinha, revelando-se esperançado de que “tudo corra pelo melhor, para que Ílhavo possa passar a pertencer a este circuito da STI - Sail Training International pelo mundo inteiro, e para que integre o itinerário de futuras grandes regatas”.

A prova destina-se, principalmente, a veleiros Classe A, contando já com 14 inscrições. “Não fossem as limitações dos outros dois portos e teríamos seguramente um maior número de embarcações”, revela Ribau Esteves.
Porto de Aveiro recebe maiores veleiros do mundo
A Gafanha da Nazaré é, assim, a primeira localidade em Portugal continental, com excepção do Porto e Lisboa, a entrar na rota dos grandes veleiros. As condições satisfatórias do Porto de Aveiro para a escala de grandes veleiros terão pesado na decisão da STI, entidade organizadora desta prova, na sua selecção. A ideia subjacente foi a selecção de portos com fortes tradições marítimas, mas distintos, e que tivessem, igualmente, um compromisso firme com o treino de vela e a capacidade de providenciar um número significativo de tripulantes aprendizes nas suas comunidades, que pudessem participar. Esta é uma regata de grandes veleiros, de “Tall Ships”, ou seja, de barcos da categoria do Sagres e do Creoula, divididos em várias classes, podendo atingir os 110 metros. O Porto de Aveiro tem, nos seus objectivos, juntar-se à crescente família internacional dos portos “amigáveis no treino de vela”, sendo que, este ano, se transforma num porto de lazer para atrair turismo».

Fonte: [Diário de Aveiro]

«Vinte alunos da UA participam na terceira edição da Universidade Itinerante do Mar»

«O primeiro grupo de alunos da Universidade de Aveiro (UA) partiu esta segunda-feira a bordo do navio de treino de mar Creoula para participar no primeiro curso da terceira edição da Universidade Itinerante do Mar, uma plataforma de cooperação europeia dirigida a estudantes universitários e pré-universitários que conta, este ano, com o apoio da UA.

De acordo com a UAO programa, repartido por três cursos, tem como tema a «Energia, Ambiente & Mar» e integra momentos de formação em terra e a bordo do navio. O Creoula partirá de Avilés (Espanha), a 30 de Junho, fará escala em Gijón (Espanha), a 2 de Julho, Rouen (França), a 9 de Julho, Ferrol (Espanha), a 20 de Julho, Viana do Castelo (Portugal), a 22 de Julho, e desembarcará em Lisboa (Portugal), a 26 de Julho.

A UIM, cuja primeira edição decorreu em 2006, tem como objectivo aproximar do mar estudantes de várias origens, levando-os a descobrir o valor do trabalho em equipa e a partilha de dificuldades e de projectos, enquanto participam em todas as tarefas da navegação a bordo e visitam diferentes portos. O programa tem como tema específico de formação «Energia, Ambiente & Mar», com ênfase na implicação das questões da energia no desenvolvimento sustentado e no mar como fonte de energia e rota de transporte.

Contribuir para uma maior divulgação de actividades de investigação e ensino relacionadas com o mar é uma das principais motivações que impulsionaram a UA a apoiar esta iniciativa, que se enquadra perfeitamente no seu contexto formativo, educativo e investigativo.

A ligação da UA a este projecto acontece, por isso, com naturalidade, paralelamente à sua oferta alargada de formação na área do mar e à sua actividade de investigação nos vários domínios científicos que se dedicam ao estudo deste meio. A UA oferece uma formação bastante alargada na área do mar, com duas licenciaturas em Ciências do Mar e Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, três mestrados em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras, Meteorologia e Oceanografia Física e Biologia Marinha e dois programas doutorais em Ciências do Mar e do Ambiente (conjuntamente com a Universidade do Porto) e em Física - especialização em Oceanografia (conjuntamente com a Universidade do Porto e Universidade do Minho). Efectua, também, investigação relevante nesta área, através do Laboratório Associado Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), que tem por missão fundamental desenvolver investigação na área do Ambiente Costeiro e Marinho, entendido de uma forma integrada envolvendo a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera e a litosfera.

Para além da UA, a edição deste ano conta com a organização das Universidades de Porto e de Oviedo, abrangendo 126 estudantes, portugueses e espanhóis. A UIM 2008 estrutura-se em três cursos, o primeiro de 30 de Junho a 11 de Julho, o segundo de 11 a 20 de Julho e o terceiro de 20 a 26 de Julho, integrando cada um deles as componentes de formação em terra (Academia), no mar e de trabalho final e diário de bordo.

A componente de Academia é a primeira componente de realização do Projecto e abrange seminários para apresentação das principais temáticas que organizam o tema central objecto da formação, sessões de preparação para os trabalhos de grupo, com vista à integração e à organização do grupo de alunos e ao lançamento dos Projectos de Mar, sessões de preparação para a navegação e vida a bordo.

A formação no mar decorrerá a bordo do navio de treino de Mar Creoula, operado pela Armada Portuguesa, que se encarregará de assegurar as condições de navegação e de segurança a bordo. Durante esta fase os alunos serão organizados em grupos e cumprirão todas as actividades necessárias à vida a bordo como vigia, navegação, limpeza, cozinha, etc. de acordo com o regime de quartos, as quais serão complementadas com outras actividades de carácter formativo, a organizar em conformidade com as condições de navegação, e com o registo do diário de bordo. Durante o período de navegação realizar-se-ão pequenos workshops a cargo dos Oficiais da Marinha pertencentes à guarnição no NTM Creoula (Marinharia), dos Tutores (temas ligados com as suas profissões, sempre que possível fazendo a ponte com o tema da UIM 2008) e dos Directores (temas relacionados com o tema geral da UIM 2008). Em porto o programa inclui um seminário sobre uma temática relacionada com o tema central da formação ou com a região e uma visita local.

O diário de bordo será elaborado segundo a tradição da marinha a que se acrescentará uma dimensão de crónica pessoal para registo das principais aquisições da formação e das vivências e impressões relativas ao curso. A forma de elaboração do diário de bordo será objecto de tratamento durante a fase de formação em terra. Os alunos prepararão um trabalho final (Projecto de Mar) que será submetido a avaliação, a realizar em grupo, dentro da temática e conforme a organização estabelecida durante a fase de formação em terra.
Carlos Rafael Vieira Rocha, 19 anos, a frequentar o 2º ano da Licenciatura em Ciências do Mar, Mariana Vieira Lima Matias da Rocha, 19 anos, a frequentar o 2º ano da Licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, e Ricardo Costa, 26 anos, a frequentar o 2º Ciclo do Curso de Engenharia do Ambiente, são três dos 20 alunos da UA que vão embarcar a bordo do Creoula.

«Muita aventura, experiências novas, muita diversão, mas também muito trabalho e uma participação enriquecedora, tanto a nível pessoal como a nível profissional» é o que procuram os três aspirantes a marinheiro, por isso, as suas expectativas «são elevadas e o desafio bastante atractivo, quer pela sua vertente intercultural, quer pela dinâmica de grupo que se vai gerar perante condições diferentes do seu quotidiano habitual, quer pela possibilidade que oferece de participar em diversos projectos na área da energia, eco eficiência e ciências do mar».

O fascínio pelo mar, pela aventura e exploração, o contacto in loco com actividades formativas e de investigação relacionadas com as áreas da sua formação académica e a busca de oportunidades profissionais foram os incentivos suficientes para se inscreverem num projecto que consideram integrar-se inteiramente no conceito universitário, de comunidade Europeia e de aprendizagem que o novo sistema de Bolonha pretende que se implemente
»

Fonte: publicado ontem por [CiênciaPT].

segunda-feira, 30 de junho de 2008

“Creoula” participa numa Parada Naval em Rouen

«O navio “Creoula” irá atracar no Porto de Rouen, em França, a propósito do evento Armada 2008, no período de 9 a 14 de Julho. Participará na Parada Naval juntamente com centenas de navios de vários países e estará aberto a visitas em período a definir.

O “Creoula”, comandado pelo Capitão-de-fragata João Silva Ramos desde 2006, é um Lugre Bacalhoeiro de quatro mastros. Construído no início de 1937 nos estaleiros da CUF em Lisboa, foi lançado à água a 10 de Maio do mesmo ano. Até 1973 efectuou 37 campanhas enquanto bacalhoeiro nos bancos da Terra Nova. O navio foi transformado em Navio de Treino de Mar de 1980 a 1986, função que desempenha actualmente a fim de sensibilizar todos os Portugueses para a importância do Mar, embarcando por ano cerca de 1000 civis, de Abril a Setembro.

Os alunos vivem a experiência de participar no dia-a-dia de um grande veleiro, bem como a sua condução em alto mar. É operado pela Marinha Portuguesa, sob a tutela do Ministério da Defesa Nacional. Embarca 52 alunos e tem uma guarnição de 6 oficiais, 6 sargentos e 28 praças.
»

Fonte: Comunicado da [Marinha Portuguesa] (2008-06-27)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

«A bordo para perceber a arte de navegar»

Por Sara R. Oliveira

«Navio Creoula preparado para receber 52 tripulantes que aprenderão a traçar a rota, a tirar ventos, a subir e descer velas. A partida está marcada para 23 de Junho.

Partida em Lisboa, passagem por Viana do Castelo, Corunha, Avilés, e regresso a Lisboa. De 23 a 30 de Junho, o navio de treino de mar Creoula, a única embarcação da armada portuguesa que permite civis a bordo, está novamente numa missão especial. "Vinte mil léguas marítimas" é o nome da viagem que permite aos tripulantes entender e experimentar a vida em alto mar. A bordo, estarão 45 marinheiros e 52 curiosos que queiram participar. A Juvemedia tem as inscrições abertas. Os interessados têm de ter 15 ou mais anos e gosto e curiosidade pela navegação. "A ideia é transmitir a arte de navegar aos participantes de uma forma divertida e que se passe um bom bocado", explica Nuno Oliveira, gestor do projecto. Depois de se entrar no último bacalhoeiro, há tarefas e responsabilidades para assumir. "Os 52 tripulantes têm de ajudar na manutenção do navio", afirma. Ou seja, cozinhar, ler o mapa, traçar a rota, tirar os ventos, conduzir o navio, subir e descer as velas, limpar o convés todas as manhãs. Para que os dias não sejam sempre iguais, são formados quatro grupos que de três em três horas mudam de serviço. "Há várias tarefas para que estejam ocupados", diz o responsável. Mas há também tempos de descanso, horas de divertimento e aulas sobre o que interessa saber. Há lições sobre nós e salvamento, simulacros para aprender o que fazer em caso de aflição e ainda aulas de ginástica. Depois de conhecida a tripulação, há outras iniciativas que podem surgir e que não estão no programa. "O Creoula proporciona aos tripulantes uma experiência única de prática marinha e de navegação. Os participantes da viagem fazem parte da guarnição do navio, que é intencionalmente insuficiente, para permitir a participação de todos nas actividades da vida a bordo". Este é o convite da Juvemedia. Segundo Nuno Oliveira, a faixa etária que mais tem embarcado situa-se entre os 20 e os 25 anos. Gente de todo o país. O bilhete custa 450 euros e inclui a viagem em regime de pensão completa, viagem de regresso a Lisboa e seguro de acidentes pessoais.
O Creoula é um lugre de quatro mastros que foi construído no início de 1937 nos estaleiros da Companhia União Fabril (C.U.F.) - que em Setembro de 1961, passou a chamar-se Lisnave - para a Parceria Geral de Pescarias. Este navio foi lançado à água no dia 10 de Maio e efectuou ainda nesse ano a sua primeira campanha de pesca. A embarcação foi construída num tempo recorde de 62 dias úteis. E a sua última campanha na pesca do bacalhau realizou-se em 1973.
Há 10 anos que a Juvemedia, associação cultural sem fins lucrativos fundada em 1988, organiza a viagem a bordo do Creoula como uma forma de dar a conhecer a arte da navegação. Neste momento, a Juvemedia, que orienta a sua actividade para a juventude, tem cerca de quatro mil sócios e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Juventude e do Instituto Português da Juventude. A estrutura centra o seu trabalho nas áreas de intercâmbio juvenil, formação, viagens temáticas e projectos culturais. Desde 1997 que publica a única revista em Portugal dedicada à banda desenhada intitulada "JuveBêDê", além do "Juvernal", o órgão oficial da associação. Mais informações: [JUVEMEDIA].»


Fonte: [EDUCARE], 20-6-2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

«Juvemedia propõe “20 mil léguas marítimas” a bordo de um bacalhoeiro»

«A proposta da Juvemedia, Associação cultural sem fins lucrativos, reside na realização de uma viagem a bordo do navio Creoula, de 23 a 28 de Junho, com partida e chegada a Lisboa, com paragens em Viana do Castelo, Corunha e Aviléz.
Trata-se de uma proposta inédita, “umas férias que não vai esquecer”, segundo a Juvemedia, já que serão passadas a bordo de um bacalhoeiro e não de um navio de cruzeiro. A viagem é de 8 dias, e os organizadores prometem muitas surpresas.
Com a classificação de "navio de treino de mar", o Creoula proporciona aos tripulantes uma experiência única de prática marinha e de navegação. Os participantes da viagem, em que se integram 50 jovens, fazem parte da guarnição do navio, que é intencionalmente insuficiente, para permitir a participação de todos nas actividades da vida a bordo. O preço é de 450 euros e inclui viagem no Creoula em regime de pensão completa; viagem de regresso a Lisboa e seguro de acidentes pessoais, para além de muita animação e divertimento.»
Fonte: [Turisver]

domingo, 8 de junho de 2008

«Creoula partiu novamente para Gorringe»

«O navio Creoula demanda novamente o banco de GorringeTrinta estudantes universitários, biólogos e oceanógrafos partiram numa nova expedição oceanográfica, a bordo do navio Creoula, em direcção ao banco de Gorringe, para estudar a biodiversidade deste local longínquo, a 500 quilómetros da costa portuguesa.

Os investigadores que integram a Lusoexpedição Olympus 2008, que se realiza este ano pela terceira vez, vão centrar a sua atenção sobre as alterações anuais na flora e fauna destas montanhas submarinas, identificação de novas espécies ou possibilidade de usar venenos produzidos por organismos marinhos na biomedicina, refere a organização num comunicado.
A missão, coordenada pelo vice-reitor da Universidade Lusófona, Manuel Pinto de Abreu, passa também pela caracterização de zonas remotas do mar português, quando se aproxima a data para entregar o projecto que vai permitir expandir o território marinho sobre jurisdição portuguesa nas Nações Unidas (2009). O banco de Gorringe é um grupo de montanhas actualmente submersas mas que foram outrora verdadeiras ilhas, abrigando espécies únicas no mundo há muito isoladas dos continentes e das outras ilhas actuais. "Como o impacto humano é muito reduzido devido ao seu isolamento, estes ecossistemas funcionam também como excelentes termos de comparação para a avaliação de outras zonas mais intervencionadas, como as costas de Portugal continental e ilhas", sublinham os organizadores da Lusoexpedição.
A expedição conta com a participação de várias instituições: Universidades Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Universidade Fernando Pessoa, Universidades de Lisboa, do Algarve, de Aveiro e dos Açores, Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e University of Amsterdam.»
Fonte: [Ciência Hoje]

sábado, 7 de junho de 2008

Ciência: Lusoexpedição ruma hoje para mais uma "aventura" no banco de Gorringe

«Lisboa, 06 Jun (Lusa) - Cerca de 30 estudantes universitários, biólogos e oceanógrafos partem hoje numa expedição oceanográfica, a bordo do navio Creoula, em direcção ao banco de Gorringe, para estudar a biodiversidade deste local longínquo, a 500 quilómetros da costa portuguesa.

Os investigadores que integram a Lusoexpedição Olympus 2008, que se realiza este ano pela terceira vez, vão centrar a sua atenção sobre as alterações anuais na flora e fauna destas montanhas submarinas, identificação de novas espécies ou possibilidade de usar venenos produzidos por organismos marinhos na biomedicina, refere a organização num comunicado.

A missão, coordenada pelo vice-reitor da Universidade Lusófona, Manuel Pinto de Abreu, passa também pela caracterização de zonas remotas do mar português, quando se aproxima a data para entregar o projecto que vai permitir expandir o território marinho sobre jurisdição portuguesa nas Nações Unidas (2009).

O banco de Gorringe é um grupo de montanhas actualmente submersas mas que foram outrora verdadeiras ilhas, abrigando espécies únicas no mundo há muito isoladas dos continentes e das outras ilhas actuais.

"Como o impacto humano é muito reduzido devido ao seu isolamento, estes ecossistemas funcionam também como excelentes termos de comparação para a avaliação de outras zonas mais intervencionadas, como as costas de Portugal continental e ilhas", sublinham os organizadores da Lusoexpedição.

A expedição conta com a participação de várias instituições: Universidades Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Universidade Fernando Pessoa, Universidades de Lisboa, do Algarve, de Sveiro e dos Açores, Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e University of Amsterdam.

O Creoula sai hoje da base naval do Alfeite e regressa ao mesmo sítio no próximo dia 15 de Junho.»

Fonte: Agência Lusa

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vela ligeira associa-se ao Dia da Marinha

«Numa organização da Associação Náutica da Madeira (ANM), com o apoio da Associação de Vela da Madeira e da Marinha Portuguesa, a baía do Funchal foi palco, no passado fim-de-semana, das regatas para a vela ligeira, que teve a participação de 75 atletas. Com o campo de provas por detrás da Pontinha, vento de Sudoeste com cinco nós de intensidade e vagas inferiores a um metro, foram apenas realizadas duas regatas, das seis do programa. Em termos de classificações, os pódios foram os seguintes: classe Access — 1.º Élvio Barradas, 2.º António Calaça e 3.º António Nóbrega (todos do Clube Naval do Funchal). Optimist Infantil — 1.º Francisco Correia, 2.º José Miguel Moura e 3.º Lourenço Cardoso, todos do CNF. Optimist Juvenil — 1.º Pedro Correia, 2.º Isabel Monteiro, ambos do CNF, 3.º Rúben Fernandes (Iate Clube de Santa Cruz). Laser 4.7 — 1.º António Ornelas, 2.º Simão Galvão e 3.º Bernardo Galriça, todos do CNF. Laser Radial — 1.º Pedro Vasconcelos, 2.º Francisco Câmara, ambos do CNF. Mistral Iniciação — 1.º Miguel Moreira, 2.º João Guilherme Marques, ambos do CNF, 3.º Ana Vera Prada (Centro Treino Mar). Mistral Absoluto — 1.º Rafael Nascimento, 2.º João Nuno Jardim, 3.º Filipe Fraga Gomes, todos do CTM. Snipe — 1.º Nuno Rodrigues (ANM), 2.º Paulo Manso (CNF), 3.º João Carlos Freitas (CTM). Raquero — 1.º Equipa Joana Gonçalves (ANM), 2.º Equipa António Bernardo (CNF). Não se realizaram provas da classe Laser Standard, porque não houve inscritos.
A cerimónia de entrega de prémios está marcada para Sábado, dia 24 de Maio, a bordo do "[UAM Creoula]".

segunda-feira, 19 de maio de 2008

«Reforço naval do Arquipélago da Madeira no próximo ano - Chefe do Estado-Maior da Armada»

«O chefe do Estado-Maior da Armada garantiu hoje, no Funchal, que a Zona Económica Exclusiva da Madeira será reforçada com meios navais a partir do próximo ano.

O almirante Fernando Melo Gomes, que está no arquipélago no âmbito do programa das comemorações do Dia da Marinha, que este ano decorrem na Madeira, reuniu hoje com os presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo Regionais, Miguel Mendonça e Alberto João Jardim, respectivamente. "A Zona Económica Exclusiva da Região Autónoma da Madeira justifica plenamente um reforço dos meios navais que deviam existir disponíveis, o que não tem sido possível com circunstâncias que se prendem com o envelhecimento progressivo da nossa esquadra", afirmou. "Espero que no próximo ano possamos rever esta situação quando aumentarmos ao efectivo os novos patrulhas oceânicos que estão em construção em Viana do Castelo", acrescentou.

Realçou que durante o Verão tem sido feito um esforço para reforçar o dispositivo presente nas águas do arquipélago e que o objectivo é "à medida que o programa se vai desenvolvendo colocar duas novas unidades na região".
Instado a comentar a situação conflituosa que em tempos existiu entre o Governo Regional e o Comando Naval da Madeira, Melo Gomes defendeu que "não podem haver relações tensas entre um órgão de soberania e as Forças Armadas", garantindo que são "questões que estão completamente ultrapassadas e que não se repetirão".
Referindo-se ao veleiro "Blaus VII" apreendido, em 2007, nos mares da Madeira na sequência de uma acção de apreensão de mais de 60 fardos de cocaína em alto mar, admitiu que a embarcação, "entregue à Marinha, está a ser muito útil para os treinos dos oficiais e cadetes", sendo uma situação que o depende da "decisão do poder judicial"
Este ano a Marinha comemora o 510º aniversário da chegada de Vasco da Gama à Índia, uma comemoração que está integrada na celebração dos 500 anos da elevação a cidade do Funchal.
O programa, que se prolonga até 25 de Maio, inclui exposições das actividades da Marinha, baptismos de mar a bordo de viaturas anfíbias e de lanchas, realização de actividades náuticas e desportivas e visitas navais a várias unidades, sendo que estarão no Funchal nove embarcações, entre as quais o navio- escola "Sagres", o navio de treino no mar "Creoula", o submarino "Barracuda" e o navio científico "D.Carlos I".
Os concertos pela Banda da Armada no Porto Santo e no Funchal, que fez deslocar à Madeira 90 dos seus executantes, a cerimónia militar e uma demonstração naval a 24 de Maio são pontos altos das comemorações do Dia da Marinha, que este ano decorrem na região.»
Funchal, 19 de Maio de 2008
Fonte: Agência LUSA

quinta-feira, 15 de maio de 2008

«O Creoula cumpre anos»


«Hoxe hai 71 anos que o Creoula foi botado. Este lugre bacalloeiro foi un dos barcos da Flota branca e hoxe pertence á Mariña portuguesa, facendo labores de buque escola. O [Santa María Manuela], do que xa falamos anteriormente, é xemeo do Creoula, e neste momento segue a bo ritmo a súa recuperación en Aveiro.Para saber máis do Creoula recomendamos visitar o blog [Lugre Creoula de 1937] creado por Raquel Sabino e Luis Miguel Correia, de onde está tomada a foto de arriba, da autoría de Luis Filipe Jardim.»


Publicado por «O Mestre» Sábado, 10/05/2008


A “Espuma“ do NTM “Creoula”


«Registou-se recentemente a morte da mascote do Navio de Treino de Mar “Creoula”, a cadela “Espuma”. A Revista da Armada consagra-lhe hoje estas linhas, porque a “Espuma” fazia parte integrante da guarnição do NTM “Creoula” desde há quinze anos, ou seja, ao longo de quase toda a vida do “Creoula” como Navio de Treino de Mar (relembra-se que esta segunda etapa do navio teve início em 1987.).

Nascida em 30 de Março de 1990 no canil das Avencas – Parede, a “Espuma” foi oferecida pela respectiva proprietária, criadora de cães-de-água, prestigiada raça canina portuguesa que, como o nome sugere, evidencia características de uma particular adaptação à vida do mar com a existência de membranas interdigitais relativamente desenvolvidas, ao mergulhar as narinas ficam bloqueadas evitando a entrada de água para a garganta e os regulares movimentos de cauda, semelhantes aos de uma hélice, de modo a impulsionar o corpo, quando em natação – para além do espesso revestimento de pêlo encaracolado, destinado a conferir-lhe resistência durante as longas permanências na água fria.

A “Espuma das Avencas”, nome de registo, integrou a guarnição do “Creoula” com apenas um mês de idade, e cumpriu desde então no navio uma comissão correspondente aos seus quinze anos de vida – aliás, com os maiores zelo, empenho e dedicação, como diríamos se nos encontrássemos a redigir o louvor de um elemento da guarnição, quando do seu destacamento. E, de certo modo, talvez seja um pouco disso que se trata... mas, mais do que um louvor, é sobretudo o evocar da sua recordação que constitui a razão de ser deste pequeno texto.

Uma memória muito grata partilhada por diversos comandantes (houve troca de telefonemas na data da morte da “Espuma”...), dezenas de oficiais, centenas de elementos da guarnição...e milhares de jovens que, embarcados no “Creoula”, puderam vivenciar de modo directo a ligação ao mar e à vida de bordo, através da experiência marcante de um treino de mar neste navio...

Ao longo de década e meia, foram mais de sete mil e quinhentos os instruendos, designação atribuída aos jovens embarcados no “Creoula” que travaram conhecimento com a “Espuma”, lhe fizeram festas ou pediram a pata, a fotografaram ou se fizeram fotografar ao seu lado, posando por vezes a cadela com o boné do “Creoula” e lhe ofereceram pistaccios – guloseima preferida – em troca de uma profunda gratidão...

Extraordinariamente meiga e dócil, soube ser a mascote ideal, perfilando-se com os instruendos e a guarnição na formatura das 8:30 h, partilhando os momentos de enjoo quando estava mar, mas também os momentos de lazer no convés, os banhos de mangueira a meio-navio nas tardes de calor tórrido e os refrescantes mergulhos em alto mar, com o “Creoula” pairando ao largo nos anos de juventude, ninguém a conseguia impedir de saltar para a água quando via mergulhar o primeiro instruendo, fazendo apelo ao seu instinto protector de cão-de-água...; nos portos, muitos foram os bons momentos na companhia dos instruendos, na praia, de que era particular apreciadora, ou percorrendo, pela trela, os longos passeios marítimos nas noites cálidas de Verão.

E por falar em noites, como não recordar os momentos em que servia de almofada aos jovens que resolviam passar a noite no convés observando as estrelas, encolhidos no seu saco-cama, sob a pilha de dóris ? E se não fosse quase segredo, poderíamos ainda evocar a imagem de algumas meninas de 14, 15 anos, que levavam ao colo a pequena “Espuminha” para dormir no 3º beliche... e que, quem sabe, hoje, 15 anos depois, talvez tenham oferecido aos seus filhos um pequeno cão-de-água, também preto e encaracolado...

Marinheira com mais horas de navegação a bordo, a “Espuma” navegou ininterruptamente durante catorze Verões relembra-se que na qualidade de Navio de Treino de Mar, o “Creoula” navega, todos os anos, sensivelmente, entre os meses de Maio e Outubro, fez escala nos mais diversos portos da costa portuguesa, Madeira e Açores, bem como portos estrangeiros (de entre os quais, países da Escandinávia, Amsterdão, Bruges, Londres, Weymouth, St. Malo, Vigo e la Coruña – e no Sul da Europa e Norte de África, Tunísia, Nápoles, Génova, Nice, Barcelona, Valência, Cádiz, Ilhas Canárias, Tânger, Ceuta e Casablanca, tendo efectuado também a viagem ao Canadá em 1998, no âmbito do projecto: ”Creoula - de novo na Terra Nova.” Marcou com a sua presença tanto as missões mais curtas, correspondentes a um fim-de-semana ou alguns dias navegando ao longo da costa portuguesa, regista-se a sua predilecção pela Berlenga... como as longas regatas internacionais – as famosas “Cutty Sark” – e os cruzeiros oceânicos, com duração superior a um mês.

O actual Comandante, quando interrogado sobre a “Espuma”, costumava dizer, precisamente:”É o elemento da guarnição que tem mais horas de navegação, o que melhor conhece o navio. Se pudesse falar, creio que participaria de modo muito válido em todas as operações de manobra do navio, e contribuiria realmente, com indicações precisas, como: a escota não passa por aí, ou: isso nunca se fez assim...”

Há ainda que recordar a sua vertente de estrela dos meios de comunicação social. Ao longo dos quinze anos, foram muitos os jornais e revistas que, em trabalhos sobre o “Creoula” se referiram, em termos sempre elogiosos, à “Espuma”, tendo alguns publicado artigos a seu respeito, na generalidade ilustrados com respectiva fotografia em diversos contextos da vida a bordo. Foi ainda protagonista de programas transmitidos pela televisão, tendo chegado mesmo a ser entrevistada pelos apresentadores, prova a que se prestava com a bonomia e afabilidade que mantinha em todas as situações, como boa embaixadora do navio.

É justo relembrar aqui os sucessivos tratadores que a ela se dedicaram ao longo dos anos, zelando de modo próximo e atento pela sua saúde e bem-estar, controlando as tosquias, as vacinas...e convidando-a inclusivé para passar em sua casa, na companhia de crianças - e até de outros cães! - fins-de-semana ou períodos de festa, como o Natal...

Não seria correcto deixar também de mencionar os cozinheiros que, ao longo dos tempos, mimaram a “Espuminha”, reservando-lhe sempre um pitéu especial... razão pela qual o capacho da cozinha se tornou um dos seus lugares predilectos a bordo.

Cumpre ainda, neste pequeno texto, render tributo de gratidão à Dra. Jacqueline Silva Dias, viúva do saudoso Comandante Silva Dias, que nutria pela cadela grande afecto, aliás totalmente retribuído e que, na última fase da vida da mascote, lhe proporcionou os maiores cuidados e carinhos, na exacta medida em que a “Espuminha” os merecia.

Sabemos que todos os que, elementos da guarnição ou instruendos do “Creoula”, conheceram a “Espuma” estão de acordo: a “Espuma” merecia tudo. E nunca a esquecerão».

Fonte: «Revista da Armada», edição de [Agosto de 2005]

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Aulas con bandera azul - La Universidad Itinerante del Mar opta a convertirse en la primera institución de este tipo con el distintivo europeo

Por Figaredo (Mieres), Ángel FIDALGO

«La Universidad Itinerante del Mar (UIM) es una iniciativa creada por las universidades de Oviedo y Oporto (Portugal) que opta a convertirse en la primera institución española en obtener la bandera azul europea. Así lo anunció ayer su director en España, Fermín Rodríguez, que confía en lograr «pronto» este importante reconocimiento. Este distintivo lo otorga la Fundación Europea de Educación Ambiental por promover la limpieza y la seguridad, la educación ambiental y la acción colectiva para la protección del medio ambiente, requisitos que cumple la UIM, entre cuyos objetivos fundacionales se encuentra fomentar la cooperación europea para dar a conocer todos los asuntos relacionados con la mar, bajo el lema de «Conocimiento y aventura». El velero de cuatro palos de la Marina portuguesa «Creoula» es la gran aula flotante en la que la Universidad del Mar imparte sus cursos por los mares europeos a alumnos españoles y portugueses, a los que este año se sumarán también universitarios franceses. «Energía, medio ambiente y mar» es el título de la campaña de este verano, que incluye tres cursos: el primero se inaugurará en Avilés el 30 de junio y terminará en el puerto francés de Rouen el 11 de julio, donde coincidirá con la mayor concentración del mundo de grandes veleros, que se celebra cada cuatro años. El segundo curso discurrirá entre Rouen y Ferrol, y el tercero entre este último puerto y el de Lisboa.»

Fonte: [La Nueva España]

El CeCodet iniciará, el 30 de junio, la tercera edición de la Universidad Itinerante del Mar

Por Figaredo (Mieres), Aitana CASTAÑO

«La aventura no está reñida con el conocimiento. «Energía, medio ambiente y mar». Bajo este amplio título se desarrollará, a partir del 30 de junio, la tercera campaña de la Universidad Itinerante del Mar (UIM). El evento consta de tres cursos, que se desarrollarán en un buque escuela, el luso «Creoula», y reunirá a más de 120 estudiantes y profesionales de España y Portugal. La Universidad Itinerante está organizada por el Centro de Cooperación y Desarrollo Territorial (CeCodet), cuya sede se ubica en el palacio de Figaredo y la Universidad de Oporto. El precio de la actividad es de 500 euros, y el plazo de preinscripción permanecerá abierto hasta el próximo 29 de mayo. Con el seminario, los alumnos universitarios recibirán seis créditos de libre configuración. La Universidad Itinerante Marina se estructura en tres seminarios, todos subordinados al mismo tema y con los únicos objetivos, la diferencia entre los cursos es el itinerario y los alumnos a los que van dirigidos. El primer curso arrancará en el puerto de Avilés el 30 de junio. Durante las dos primeras jornadas los participantes recibirán formación en tierra y visitarán el Museo de Antigüedades Náuticas de la villa avilesina y el Museo de de las Anclas de Salinas. Además, los navegantes recibirán las primeras ponencias y participarán en recepciones oficiales. Gijón será la siguiente parada del curso. El «Creoula» tomará, después, rumbo a la localidad francesa de Rouen, donde la comitiva coincidirá con la concentración de grandes veleros del mundo. El segundo curso recorrerá el trayecto que une Rouen con la ciudad coruñesa de Ferrol. El tercer seminario cubrirá la ruta marítima entre Ferrol y Lisboa, con parada en la ciudad de Viana do Castelo. Las ponencias que escucharán los estudiantes durante las actividades versarán sobre producción energética y sostenibilidad. El comité científico de la UIM está formado por personalidades asturianas y portuguesas relacionadas con el mundo del mar. La UIM es una plataforma de cooperación europea cuyo objetivo es conocer los asuntos del mar. El programa cuenta con el apoyo de universidades, los ministerios de Educación de España y Portugal, la Marina portuguesa y la Armada de España. Los organizadores defienden que «la UIM pretende poner en práctica el sintagma conocimiento y aventura como elemento esencial en la formación de los jóvenes y para ello aprovecha la mar y su navegación a vela». «El aprendizaje se efectúa dentro de una tradición que minimiza los riesgos y facilita el conocimiento», señalan desde el CeCodet. Toda la información puede encontrarse en [www.uniovi.es/cecodet].»

sexta-feira, 7 de março de 2008

Funchal acolhe “Tall Ships”.

Regata internacional estará pela primeira vez na Madeira no dia 2 de Outubro
«A Regata Funchal 500 Anos terá início a 10 de Setembro, em Falmouth, no Reino Unido, passará por Ílhavo a 20 de Setembro, depois de navegarem o Norte de França e o Cabo Finisterra, visitando Aveiro, de onde partem para o Funchal a 23 de Setembro com chegada prevista a 2 de Outubro aos mares da RAM.

À sua espera estará, a exemplo da “Transat”, um programa de actividades dedicados aos funchalenses e de uma forma geral a todos os madeirenses (ver peça em baixo), como fez questão de frisar, ontem, o vereador da CMF, Pedro Calado, referindo ainda que a passagem pelas águas da RAM não será um exclusivo do porto do Funchal, uma vez estar assente a passagem das embarcações em frente à baía do Porto Santo. Neste momento estão já encerradas as inscrições de participação para os navios de “Classe A”, havendo 18 veleiros confirmados, destacando-se o maior do mundo - o SEDOV -, o CREOULA, navio da Marinha Portuguesa e ainda o ALEXANDER VON HUMBOLDT, navio alemão com mais de cem anos de existência e ainda outros sete em lista de espera. Nas outras classes, estão assentes mais 9 veleiros, sendo claro que o compromisso de reunir 100 tripulantes até ao final de Abril, por parte da organização, não só será cumprido mas igualmente ultrapassado, incorporado num orçamento de 500 a 600 mil euros, conforme informou Pedro Calado.»

Por João Paulo Faria, [Jornal da Madeira]

quinta-feira, 6 de março de 2008

Regata Funchal 500 anos junta veleiros com história

«O maior veleiro do Mundo, SEDOV (Rússia), o português CREOULA e o alemão ALEXANDER VON HUMBOLDT, com mais de 100 anos, são alguns dos participantes na regata de Tall Ships Funchal 500 Anos, foi esta quinta-feira anunciado. De acordo com a Comissão Organizadora dos eventos Funchal 500 Anos, estão já encerradas as inscrições para o tipo Classe A destas embarcações, com ainda as presenças de ASTRID (Holanda, 1918), CAPITÁN MIRANDA (Uruguai, 1930), CUAUHTÉMOC (México, 1982), KALIAKRA (Bulgária, 1984), LOA (Dinamarca, 1922), MIR (Rússia, 1987), POGORIA (Polónia, 1920) e SHABAB OMAN (Oman, 1971).
No que respeita às restantes classes, estão inscritos mais nove veleiros, existindo ainda vários em lista de espera, aguardando uma decisão conjunta dos portos. A Regata Funchal 500 Anos terá início a 10 de Setembro, em Falmouth (Reino Unido), quando os navios se juntarem no local. Entre 10 e 12 desse mês estarão abertos ao público e a 13 zarparão rumo a Ílhavo, aio longo de 630 milhas náuticas que passarão pelo norte de França e pelo Cabo Finisterra, devendo a sua chegada a Portugal ocorrer a 20 de Setembro. Após três dias no porto do distrito de Aveiro, partirão para o Funchal, mais 630 milhas a navegar em mar aberto e prevê-se que a 02 de Outubro os grandes veleiros deverão começar a chegar ao porto da capital madeirense.

Durante a manhã, decorreu uma reunião entre os responsáveis da Sail Training International (STI), Bernard Heppener, director da regata, Peter Newell, director de regatas da STI e o administrador da EM Funchal 500 Anos, Pedro Calado. O encontro serviu para ultimar todos os detalhes logísticos do evento tendo no final ficado a certeza de que todos os requisitos estão a ser cumpridos.»

Por Carlos Barros, [RTP]

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

500 anos do Funchal «mudam» Dia da Marinha


Na Ilha Deserta Grande, com o Creoula no horizonte...
(Fotografia de Raquel Sabino Pereira)
«Baptismos de mar, de mergulho e muitas outras propostas no programa de festas
500 anos do Funchal “mudam” Dia da Marinha

As festividades do Dia da Marinha estiveram na ordem do dia da conversa entre o Chefe de Gabinete do Almirante Chefe de Estado-Maior da Armada e Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional, que recebeu na Quinta Vigia o Almirante Monteiro Montenegro e o Capitão-de-Mar-e-Guerra Coelho Cândido, comandante da Zona Marítima da Madeira. O Chefe de Gabinete do Chefe de Estado-Maior da Armada está na Madeira para preparar as comemorações do Dia da Marinha, que se assinala, este ano, associado aos “500 Anos da Cidade do Funchal”.

O Contra-Almirante Monteiro Montenegro está na Madeira a chefiar a delegação que prepara as comemorações que este ano trazem à Região e particularmente à capital vários vasos navais e a Banda da Armada. Um navio da Classe Vasco da Gama, o navio-escola Sagres e o [Creoula], duas corvetas, um submarino e o patrulha que está em serviço na Zona Marítima da Madeira vão estar nas nossas águas para receberem os visitantes que poderão, durante vários dias, no porto do Funchal, apreciar os meios da Armada e visitar os interiores de alguns deles.

As cerimónias serão presididas pelo ministro da Defesa, que se deslocará à Região para presidir às cerimónias, onde são esperados, também, os mais destacados membros das hierarquias da Marinha, o ramo das Forças Armadas que mais aposta no mediatismo das cerimónias quando se trata de comemorar a efeméride. Mesmo assim, este ano a data das comemorações foi alterada, para que as comemorações fiquem ainda mais abrilhantadas. Em vez de acontecer a 20 de Maio, dia em que se comemora a chegada de Vasco da Gama à Índia, o ponto alto vai assinalar-se a 24, no sábado seguinte, porque por ser fim-de-semana vai, certamente, poder ser apreciado por mais populares. De qualquer forma, durante toda essa semana vão ser programadas actividades para os alunos das escolas de toda a ilha, nomeadamente baptismos de mar, de mergulho e uma torre de escalada.

Por decidir, está ainda o programo definitivo, mas o Jornal da Madeira sabe que está a ser preparada, também, uma passagem dos navios pelo Porto Santo, motivo pelo qual as comemorações se assinalam a 17 de Maio. A ideia da Armada é levar também à “ilha dourada” uma exposição alusiva à data, garantindo, desta forma, a inclusão dos portossantenses no programa de comemorações. De facto, simbolicamente, foi ali que os navegadores chegaram primeiro quando descobriram o arquipélago, motivo por si só suficiente para se levar um pouco do programa, actualmente em fase de conclusão, àquela ilha.

De resto, há que salientar que estas cerimónias fazem deslocar para a Madeira perto de oitocentos militares, sendo 80 da Banda da Armada.»


Fonte: [Jornal da Madeira / Região / 2008-01-22]

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008


Descobrimos o CREOULA retratado em mais uma capa da «Revista da Armada» (ver os mastros no lado direito da fotografia). Trata-se da capa da edição de Janeiro de 2008. Soma já quatro o número de vezes em que o CREOULA recebe tamanha distinção.

sábado, 24 de novembro de 2007

Marinha evoca 200 anos da partida da Familia Real Portuguesa para o Brasil

(Nascer do Sol retratado por Raquel Sabino Pereira a bordo do Creoula, em Agosto de 2004)

Lisboa, 24 Nov (Lusa) - A Torre de Belém, que há 200 anos assistiu à partida da família real portuguesa para o Brasil fugindo à invasão das tropas francesas de Napoleão Bonaparte, foi hoje cenário da evocação da ocasião, com uma cerimónia militar com as armadas portuguesa e brasileira.

Promovido pela Marinha Portuguesa, o acto contou com a presença dos ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, do chefe de Estado-Maior da Armada portuguesa, almirante José Ribeiro de Melo Gomes, e do comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, almirante Álvaro Augusto Dias Monteiro. Durante a cerimónia foram condecorados os Estandartes do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil e do Comando do Corpo de Fuzileiros de Portugal, desfilaram a Banda da Armada, o Bloco de Estandartes Nacionais, o Colégio Militar, a Escola Naval, a Força de Fuzileiros representativa das Brigadas Reais de Portugal e do Brasil (uniformizados à época), e o Batalhão de Fuzileiros.

No Tejo, em frente à Torre de Belém, estiveram fundeados a fragata Niterói da Marinha do Brasil, a fragata portuguesa Álvares Cabral e o navio [Creoula].
O embarque da família real portuguesa para o Brasil teve lugar em 24 de Novembro de 1807, quando tropas invasoras francesas já se encontravam em Abrantes e Napoleão Bonaparte afirmava que a Casa de Bragança tinha deixado de reinar em Portugal. Napoleão conquistara todos os países da Europa, à excepção de Portugal, tendo imposto um bloqueio naval aos portos franceses e ingleses, aos quais apenas a costa portuguesa podia valer. O embarque realizou-se no tempo recorde de 48 horas, implicando a partida do rei D. João I, de toda a família real e da sua corte, com a transferência de mobiliário, arquivos, e toda a volumosa documentação necessária à gestão do Reino, para além de quase todo o tesouro público. A esquadra, apesar de contrariada por ventos contrários, saiu da barra em 29 de Novembro, 18 horas antes da entrada de Junot em Lisboa. Constava de oito naus, quatro fragatas, 12 brigues e uma galeota, acompanhada de 31 navios mercantes com mais de 15.000 pessoas e algumas escunas. Nos 65 navios que zarparam do cais de Belém com 15.000 pessoas a bordo seguiram a família real de D. João I, a corte e as elites científicas, militares e culturais do país, naquela que foi classificada hoje pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Fernando Ribeiro de Melo Gomes, como "a maior operação logística jamais realizada em Portugal, que hoje se designa por mobilidade estratégica". Quando o general Junot entrou em Lisboa à frentes das tropas francesas já só conseguiu observar, ao longe, a esquadra portuguesa. Os franceses perdiam assim a primeira cartada: não aprisionavam a família real nem se apoderavam da esquadra portuguesa. Por outro lado, a capital do Reino era transferida para o Brasil, conjugando a governação simultânea do Reino e do Império, retirando aos franceses a legitimidade de se poderem arrogar como novos e legais governantes do país. D. João deixou ordens para que não houvesse resistência aos invasores, evitando o inútil derramamento de sangue e deixou nomeada uma Junta de Governo encarregada de garantir o funcionamento do território com instruções para colaborar com Junot. A invasão francesa prolongou-se de 1807 a 1815.
Fonte: Agência LUSA