segunda-feira, 21 de maio de 2007

«Navio de Treino de Mar da Marinha Portuguesa leva a bordo cerca de 90 pessoas»

«Partiu no Domingo de Lisboa e avistou ontem terra, ao largo dos Açores, o Creoula, navio da Armada Portuguesa que leva a bordo cerca de 90 pessoas, numa viagem que integra a Luso Expedição Olympus 2007. Abastecido de água e mantimentos, tem regresso marcado a 1 de Junho. Por Marta Duarte (Jornalista da Agência Lusa)
Mais de 150 toneladas de água, uma tonelada de batatas e 800 quilogramas de carne foram necessários para abastecer o navio Creoula numa viagem de vinte dias entre Lisboa e os Açores, ao abrigo da LusoExpedição Olympus 2007. Desde domingo que cerca de 90 pessoas – 40 tripulantes e 50 instruendos, entre alunos, investigadores e jornalistas –, navegam a bordo do Navio de Treino de Mar da Marinha Portuguesa, rumo à ilha de São Miguel, na região autónoma. A expedição, organizada pela Universidade Lusófona, em Lisboa, reúne investigadores e alunos daquela instituição e das universidades dos Açores, do Algarve e do Porto, que vão fazer mergulhos nos ilhéus das Formigas e no banco de Dollabarat. O objectivo é o de recolher organismos marinhos que tenham interesse para a Indústria e para a Biomedicina, entre outros, que serão analisados num laboratório de campanha na biblioteca do navio, trabalho que se prolongará durante meses.
A aproximação a terra e o regresso da cobertura de rede de telemóvel, ontem de manhã, provocou o alvoroço a bordo, mas apenas alguns membros da tripulação estão autorizados a pisar terra, já que o navio, fundeado frente a Vila Franca do Campo, só atracará hoje no porto de Ponta Delgada. Para esta viagem o navio foi abastecido com mais de 150 toneladas de água doce – para consumo, higiene e confecção de alimentos –, uma tonelada de batatas, 800 quilos de carne, 600 de peixe, 100 litros de azeite e 140 de óleo, entre outros mantimentos. Durante os vinte dias de viagem (o regresso a Lisboa está previsto para o próximo dia 1 de Junho), serão servidas mais de três mil refeições. Toda a logística começou a ser preparada cerca de um mês antes da partida. Com autonomia para navegar durante cerca de duas semanas, a grande limitação do navio é mesmo no que respeita à água, já que não tem capacidade para gerá-la a bordo, sendo necessário abastecer os tanques com água da rede pública. “Por vezes é preciso racionar a água e cortá-la durante certos períodos do dia”, sublinhou o comandante Silva Ramos, acrescentando que sempre que pára em algum porto, o navio é reabastecido.
Com 70 anos feitos recentemente – o Creoula foi pela primeira vez lançado à água em 1937 –, é o último bacalhoeiro português à linha, e chegava a transportar 50 doris (pequenos barcos de madeira).»

sábado, 19 de maio de 2007

CREOULA atraca em Ponta Delgada após 6 dias navegação e enjoos

(Faina de velas a bordo do Creoula, onde decorre a Luso Expedição Olympus 2007 organizada pela Universidade Lusófona)
«Após seis dias de navegação em alto mar, quase dois mil quilómetros percorridos e muitos enjoos, o "Creoula" atracou sábado no porto de Ponta Delgada, Açores, com noventa pessoas a bordo ansiosas por pisar terra firme. Meia centena de alunos e investigadores das universidades Lusófona, dos Açores, do Algarve e do Porto, mais quarenta membros da tripulação saíram domingo de Lisboa com uma missão: chegar à Ilha de São Miguel, nos Açores.

A bordo, os instruendos (aprendizes) participam tal como a tripulação no desempenho das tarefas diárias do navio, não fosse um dos objectivos do "Creoula", utilizado como Navio de Treino de Mar (NTM), aproximar a sociedade civil da vida marítima.

O aviso de alvorada ecoa pelo "Creoula" logo pelas 07h00 e pouco depois todos participam na Faina Geral de Mastros, sempre que é preciso içar, arrear ou alterar a direcção das velas, a que se seguem as limpezas no navio. Além destas tarefas, os aprendizes, à semelhança da tripulação, são divididos em grupos e escalados para trabalhar em regime de "quartos" (durante quatro horas) em tarefas tão variadas como a confecção de alimentos, vigilância ou cálculos de navegação.

A expedição até aos Açores durará ao todo vinte dias e o navio, que está na sua lotação máxima, oferece todas as condições de segurança, segundo garantiu à Lusa o "braço direito" do comandante, Rodrigo Castro.
O navio possui oito jangadas salva-vidas, cada uma com capacidade para vinte pessoas, um total de 160 lugares, o que excede a lotação máxima, que é de 92 pessoas, afirmou o oficial logo no "briefing" de boas-vindas, para tranquilizar os mais receosos. "As jangadas são uma espécie de tendas flutuantes munidas de apetrechos de sobrevivência tais como barras de glucose, água potável selada e até linhas de pesca", que servem para os náufragos "se distraírem" em caso de acidente.
Para Frederico Serradas, aluno do 4º ano do curso de Química da Universidade Lusófona, foi o desafio e a aventura que o fizeram embarcar no "Creoula", experiência que quer aproveitar ao máximo. "Estou a adorar porque todos os dias há algo de novo e mesmo o facto da viagem durar tanto tempo não está a torná-la monótona", sublinha o estudante, de 27 anos.

Para animar as hostes, a organização preparou palestras científicas e passatempos, desde concursos de cultura geral a aulas de ginástica ou de nós e até "workshops" de mergulho. "A nossa principal preocupação tem sido manter a moral das tropas em cima durante a viagem até aos Açores, porque no regresso haverá novidades todos os dias e muito trabalho para fazer", refere Frederico Almada, professor da Lusófona e coordenador da expedição.

Ana Margarida Carvalho, "repetente" nas viagens científicas do "Creoula", aplaude a iniciativa, que diz juntar o "útil ao agradável", pois ao mesmo tempo que está a aprender tem oportunidade de se divertir e conviver com colegas de outros cursos. A aluna do 3º ano do curso de Biologia da Universidade Lusófona vai ter uma frequência prática a bordo do "Creoula" e está entusiasmada com o facto de poder aprender "in loco" matérias habitualmente dadas nas salas de aula.

Durante a viagem de regresso a Lisboa, cuja chegada está prevista para o dia 02 de Junho, os alunos e investigadores envolvidos na missão terão com que se entreter: identificar e analisar o material recolhido durante os mergulhos.
Além dos objectivos científicos, que passam por recolher e analisar organismos marinhos com interesse ao nível da Indústria e Biomedicina, entre outros objectivos, a missão, organizada pela Universidade Lusófona, tem também uma componente pedagógica e de conservação da natureza.»
in «AÇORIANO ORIENTAL», 19-05-2007, por Marta Duarte/Lusa

LusoExpedição 2007 - Rota do "Creoula" é terreno fértil para investigadores

Por Marta Duarte (texto) e Virgílio Rodrigues (fotos), da agência Lusa
Ponta Delgada, 19 Mai (Lusa) - A expedição do "Creoula" até aos Açores é terreno fértil para investigadores de diferentes quadrantes, entre biólogos, cientistas ligados à Oceanografia, Biotecnologia ou Química, cada um centrado na recolha de material específico para o seu estudo.
Em cada mergulho, os investigadores trazem à superfície diferentes espécies de peixes, algas, esponjas e lesmas marinhas, este último grupo analisado depois criteriosamente à lupa no laboratório de campanha montado na biblioteca do navio.

A "LusoExpedição Olympus 2007", organizada pela Universidade Lusófona, reúne cientistas e alunos daquela instituição e das Universidades dos Açores, Algarve e Porto, que vão mergulhar nas águas do Atlântico Norte em busca de material que demorará meses até ser analisado por completo.
É nos ilhéus das Formigas e banco de Dollabarat, ao largo de Santa Maria e São Miguel, que se centrarão boa parte dos mergulhos, mas a chegada aos Açores dois dias antes do previsto permitiu descer logo à água junto ao ilhéu de Vila Franca do Campo.
"Um dos nossos grandes objectivos é perceber como é que as espécies desta zona aqui chegaram, pois sendo as ilhas de origem vulcânica, só terão aparecido quando estas se formaram", refere Frederico Almada, professor da Lusófona e coordenador interino da missão.
Joana Boavida, investigadora da Universidade do Algarve, além de participar nos mergulhos como bióloga, está também a trabalhar a bordo do navio como observadora de aves marinhas para a Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves (SPEA).
Munida de binóculos, aparelho de GPS e bloco de notas, é comum vê-la logo pela manhã ou ao final da tarde, momentos mais propícios para a observação, a tirar notas sobre as características e comportamento das aves.
O objectivo é criar uma base de dados nacional, ao abrigo do projecto internacional "Life", para definir áreas importantes para os animais, o que servirá de base à criação de estatutos legais de protecção de reservas ou áreas marinhas.
O interesse de Madalena Humanes, professora de Química na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) é bem diferente: obter amostras de esponjas marinhas cujos componentes possam ser reproduzidos em laboratório para produzir medicamentos.
"A ideia não é retirar todos os componentes que existem em cada espécie, mas conseguir obter pistas para fazer novos fármacos", afirma a investigadora, frisando que isso poderá acontecer apenas no prazo de vinte anos.
Há esponjas que só produzem os componentes com interesse para a Ciência em situação de ameaça, por isso, por vezes, é preciso fazê- lo artificialmente, explica, referindo que as aplicações clínicas podem ir desde a produção de anti-virais a anti-cancerígenos.
Todo o material recolhido é sujeito a triagem, descrito e fotografado a bordo, dando oportunidade aos alunos de vários cursos que participam na expedição de colocar em prática conhecimentos normalmente apenas adquiridos dentro das salas de aula.
Fonte: Agência LUSA

sexta-feira, 18 de maio de 2007

LusoExpedição 2007 - Mergulhadores começam hoje a recolher material no oceano

A bordo do navio "Creoula", 18 Mai (Lusa) - Duas equipas de investigadores envolvidos na "LusoExpedição 2007" desceram hoje às águas do Atlântico Norte para as primeiras recolhas de material, no âmbito da missão científica organizada pela Universidade Lusófona com destino aos Açores.

Os mergulhos de hoje vão centrar-se na zona em redor do ilhéu de Vila Franca do Campo, frente à ilha de São Miguel, e apenas são possíveis pela chegada do "Creoula" aos Açores dois dias antes do previsto, pois o início dos trabalhos estava programado para segunda-feira.
Cada equipa de biólogos vai ser monitorizada por três mergulhadores profissionais: um que os acompanha na descida, outro que fica à superfície, no semi-rígido, a fazer vigia e outro ainda que fica a bordo do "Creoula" para dar ou receber indicações dos outros membros. "Vamos conseguir fazer mais quatro mergulhos do que o previsto, o que é bom pois serve de treino para os restantes", disse à Lusa a responsável pelos mergulhos, Isabel Alpiarça, do Centro e Escola de Mergulho Nautilus.
Segundo a coordenadora da equipa, estes mergulhos acontecem a uma profundidade menor do que aqueles que irão decorrer a partir de segunda-feira nos ilhéus das Formigas e no banco de Dollabarat, sendo por isso ideais para que os biólogos de adaptem às particularidades do mar dos Açores. Os principais mergulhos - que poderão chegar aos três por dia, o que está dependente das condições meteorológicas -, vão centrar-se na zona que engloba Dollabarat, que se encontra submerso, e as Formigas, uma cordilheira rochosa cuja parte superior está à superfície.
É nesta plataforma, situada ao largo das ilhas de São Miguel e Santa Maria, que vão ser recolhidos os organismos (peixes, algas e esponjas marinhas) que serão identificados e alguns analisados em laboratório. Os ilhéus das Formigas, apesar de terem a parte superior à superfície da água, não servem como local de abrigo, pelo que é necessário tomar precauções redobradas e estar atento a sinais que passam despercebidos à maioria. "Se há um acidente sério, o mergulhador nunca mais é visto e o equipamento de salvamento existente a bordo pode não ser suficiente", frisou João Delgado, um dos membros da equipa profissional de mergulhadores.
Uma das formas de detectar o rasto de um mergulhador, acrescenta, é seguir as bolhas de ar libertadas e a equipa já tem experiência em identificar esses sinais, por isso é que fica sempre um vigia à superfície. Os mergulhos nas Formigas e em Dollabarat podem atingir uma profundidade de 30 a 35 metros e serão feitos em alturas estratégicas do dia: durante o chamado "estofo da maré", período que medeia a transição da maré-cheia para vazia e vice-versa, altura em que a corrente é mais fraca.

MAD. 2007-05-18, 17h30
Fonte: Agência LUSA

LusoExpedição 2007 - Creoula abastecido com toneladas de mantimentos para viagem

Por Marta Duarte (texto) e Virgílio Rodrigues (fotos), da agência Lusa
A bordo do navio "Creoula", Açores, 18 Mai (Lusa) - Mais de 150 toneladas de água, uma tonelada de batatas e 800 quilos de carne foram necessários para abastecer o navio "Creoula" numa viagem de vinte dias entre Lisboa e os Açores ao abrigo da "LusoExpedição Olympus 2007".

Desde domingo que cerca de 90 pessoas - 40 tripulantes e 50 instruendos (aprendizes), entre alunos, investigadores e jornalistas -, navegam a bordo do Navio de Treino de Mar (NTM) da Marinha Portuguesa, rumo à ilha de São Miguel, nos Açores. A expedição, organizada pela Universidade Lusófona, em Lisboa, reúne investigadores e alunos daquela instituição e das Universidades dos Açores, Algarve e Porto, que vão fazer mergulhos nos ilhéus das Formigas e banco de Dollabarat. O objectivo é recolher organismos marinhos com interesse ao nível da Indústria e Biomedicina, entre outros, que serão analisados num laboratório de campanha montado na biblioteca do navio, trabalho que se prolongará depois durante meses.

A aproximação a terra e o regresso da rede de telemóvel, hoje de manhã, provocou o alvoroço a bordo, mas apenas alguns membros da tripulação estão autorizados a pisar terra, já que o navio, fundeado frente a Vila Franca do Campo, só atracará sábado no porto de Ponta Delgada.
Para a viagem, o navio foi abastecido com mais de 150 toneladas de água doce - para consumo, higiene e confecção de alimentos -, uma tonelada de batatas, 800 quilos de carne, 600 de peixe, 100 litros de azeite e 140 de óleo, entre outros mantimentos.
Durante os vinte dias de viagem - o regresso a Lisboa está previsto para dia 01 de Junho -, serão servidas mais de três mil refeições e toda a logística começou a ser preparada cerca de um mês antes da partida.
Com autonomia para navegar durante cerca de duas semanas, a grande limitação do navio é mesmo no que respeita à água, já que o "Creoula" não tem capacidade para gerá-la a bordo, sendo necessário abastecer os tanques com água da rede pública.
"Por vezes é preciso racionar a água e cortá-la durante certos períodos do dia", sublinhou o comandante Silva Ramos, acrescentando que sempre que se pára em algum porto, o navio é reabastecido com o precioso líquido.
Com 70 anos feitos recentemente - o "Creoula" foi pela primeira vez lançado à água em 1937 - este é o último bacalhoeiro português à linha e chegava a transportar cinquenta "doris" (pequenos barcos de madeira) utilizados na pesca do bacalhau. Depois de ter cumprido 37 campanhas de bacalhau, o "Creoula" está há vinte anos ao serviço do Estado português como navio de treino de mar, tendo como principal missão embarcar e aproximar elementos da sociedade civil ao mar. "Somos dos único navios do Estado no mundo que estão abertos à sociedade", afirmou à Lusa o comandante do "Creoula", que dirige os destinos da embarcação há pouco mais de um ano. Construído para navegar nas gélidas águas do Norte, o navio está bem preparado para enfrentar intempéries, saindo para o mar entre Abril e Outubro e ficando, durante o Inverno, atracado em Lisboa.

A próxima grande viagem do "Creoula" programada para este ano vai levar jovens de várias instituições e das Universidades do Porto e Oviedo, em Espanha, à volta do Mediterrâneo, durante dois meses.
MAD. 2007-05-18, 12h44.

Fonte: Agência LUSA

Creoula navega sem dinheiro da Defesa

Símbolo de Portugal nos mares
Creoula navega sem dinheiro da Defesa
por Alexandra Carita

«Todos os anos, por alturas de Fevereiro, o Ministério da Defesa entrega à Marinha a verbas necessárias para manter o Creoula a navegar. Este ano, o dinheiro tarda em chegar.

O Creoula autofinancia-se em 50 por cento, através da diária de 44 euros que cobra a todos os seus passageiros. As verbas aprovadas pelo Ministério da Defesa para o Plano Anual de Utilização do Creoula, o único navio português de treino de mar, ainda não lhe foram entregues. O navio navega neste momento à custa das receitas que gera e com dinheiros provenientes da Marinha para cobrir as suas despesas. Esta situação, diz ao Expresso o secretário de Estado da Defesa, João Mira Gomes, "é do foro interno do ministério", definindo o assunto como "matéria classificada".

O orçamento para 2007 aprovado para o navio é de 200 mil euros, um valor que proporciona anualmente, a mais de 700 civis, de todos os escalões etários, uma viagem com direito a aprendizagem de conhecimentos de navegação. Permite ainda a realização de expedições científicas e a participação de Portugal em regatas internacionais de grande prestígio.

Segundo fonte oficial do Creoula, este é o primeiro ano em que o Ministério da Defesa, liderado por Severiano Teixeira, deixa de cumprir a obrigação estipulada pelo Decreto-Lei n.º 138/87, de 20 de Março: "Os encargos de manutenção e operação dos navios de treino de mar são suportados por verbas especialmente inscritas no orçamento do Ministério da Defesa Nacional". Adianta a mesma fonte que a disponibilização do dinheiro ocorre por norma em Fevereiro, dois meses antes do navio sair para o mar.

Confrontado com essa informação, o secretário de Estado adianta que, apesar de "não poder precisar quando é que a verba será entregue", o programa do Creoula "é de significativa importância para o país".

Mesmo tendo o Chefe-de-Estado Maior da Armada "decidido financiar, ele próprio, fabricos mínimos no navio", como afirma fonte oficial do Creoula, a falta de verba já impediu o navio de ver instalado um sistema de ar condicionado, extremamente necessário em cobertas de dimensões muito reduzidas e sempre com lotação esgotada, bem como a realização de obras nas casas-de-banho, nada funcionais e muito menos com equipamento adequado à quantidade e natureza dos civis que embarca. A cozinha também apresenta deficiências devido à condensação de vapor.

Nunca tendo dado prejuízo ao Estado, o Creoula autofinancia-se em 50 por cento, através da diária de 44 euros que cobra a todos os seus passageiros. O navio obedece ao sistema de contabilidade pública, entregando obrigatoriamente aos cofres estatais todo o dinheiro que lhe possa sobrar anualmente, não o podendo utilizar em projectos para o ano seguinte. Também contactado pelo Expresso, o Chefe-de-Estado Maior da Armada, Melo Gomes, delegou no seu porta-voz o comentário sobre a matéria: "Não sabemos quando é que a transferência de verbas será feita. Há-de fazer-se o acerto adequado consoante as contas entre o Ministério da Defesa e a Marinha e a disponibilidade da nossa conta-corrente", referiu Fernando Brás de Oliveira. O porta voz do Chefe-de-Estado Maior da Armada conclui, frisando que "a Marinha está a honrar a sua parte que é pôr o navio a navegar e a cumprir as suas missões".

Uma delas, e por se tratar de uma embarcação tão emblemática, é estar presente, domingo, nas comemorações do Dia da Marinha, em Ponta Delgada, mesmo que para isso tenha tido que alterar as datas de uma expedição científica.»

quarta-feira, 9 de maio de 2007

EXPERIÊNCIA NÁUTICA - Aventura náutica a bordo do Creoula

«A associação juvenil Juvemedia volta a promover mais uma aventura a bordo do Creoula. A Tall Ships' Race Mediterrâneo é um projecto internacional, onde 50 jovens de todo o país participam ao lado de mais de 3 mil participantes, num total de 80 veleiros de todo o mundo. O veleiro da Marinha de Guerra portuguesa zarpa a 12 de Julho para uma viagem que passará por Barcelona, Toulon e Génova, estando previsto o regresso a Lisboa, a 4 de Agosto. Com a classificação de "navio de treino de mar", o Creoula proporciona aos tripulantes uma experiência única de prática marinha e de navegação.

Uma verdadeira experiência real da vida no mar. Os participantes fazem parte da guarnição do navio, que é intencionalmente insuficiente, para permitir a participação de todos nas actividades da vida a bordo. As inscrições já estão abertas para aquela que é uma das mais admiradas provas náuticas.
Datas: 12 de Julho a 4 de Agosto.
Preço: 1200 euros. Inclui viagem de ida e volta, pensão completa, programa cultural e desportivo em cada porto de passagem, monitores e seguro.
Condições: ter mais de 15 anos e saber nadar.
Tel. 21 354 27 11»
in «Destak»